Recebemos recentemente da Prof. Teresa Pombo da Ilha de Santa Maria uma referência bastante interessante a um artigo sobre as dependências não químicas, que pode em muito ajudar a preparar este tema. A origem deste artigo vem deste blogue, e deste site.
"Hoje em dia a grande maioria das pessoas tem acesso a um computador. E as novas tecnologias estão acessíveis a pessoas de todas as idades e classes sociais. A que mais alicia os Jovens é a Internet e o Jogo Electrónico.
A Internet é um mundo que nos promove a facilitação de muitas tarefas, a comunicação com família, amigos e/ou colegas que estejam em qualquer ponto do mundo, a visualização e partilha de informação de uma forma rápida e simples, entre outros serviços.
Por sua vez, os Jogos Electrónicos estimulam imenso os utilizadores, proporcionando lazer, aprendizagens e também habilidades motoras e cognitivas, como também promovem a socialização, essencialmente nos Jogos Online.
No entanto, cada vez mais, e mais cedo, a aderência dos jovens a esta tecnologia aumenta. Exemplo disso é o facto de 99% das crianças já terem tido contacto com a Internet antes da chegada do Magalhães. Outro exemplo foi o aparecimento do Kudo, que permite a crianças criarem os seus próprios jogos.
Esta aderência também tem os seus aspectos menos positivos, pois o tempo passado na Internet e a jogar se não for regulado e a própria tecnologia não for encarada pelo utilizador como “virtual”, o resultado será a dependência.
As características, segundo a Drª. Kimberly Young, que descrevem a dependência em Internet são:
·         Preocupação excessiva com a Internet;
·         Necessidade de aumentar o tempo online para ter satisfação;
·         Exibir esforços repetidos para diminuir o tempo de uso da Internet;
·         Presença de irritabilidade e/ou depressão;
·         Quando o uso da Internet é restringido, apresenta labilidade emocional (Internet serve como forma de regulação emocional);
·         Permanecer mais online que o programado;
·         Trabalho e relações sociais em risco pelo uso excessivo;
·         Mentir aos outros a respeito da quantidade de horas online.
·         O jogo torna-se na coisa mais importante da vida do sujeito;
·         Sensação de prazer e alívio quando está a jogar;
·         Necessidade de jogar por períodos mais longos de tempo;
·         O sujeito sente desconforto quando não pode jogar;
·         Existência de conflito com outras pessoas, em actividades sociais e com ele próprio…
·         Tendência para voltar a jogar excessivamente após uma interrupção.
·         Má alimentação;
·         Desregulamento dos sonos;
·         Falta de convívio social;
·         Não sair de casa;
·         Troca da vida real pela vida “virtual”;
·         Baixa auto-estima;
·         Falta da prática de desporto;
·         Outros.
Fontes:
 
- Abreu, C., Karam, R., Góes, D.e Spritzer, D., (2008). Dependências de Internet e Jogos Electrónicos: uma Revisão. Revista Brasileira de Psiquiatria. Brasil
- Delicado, A. e Alves, N. (2008). Crianças e Internet: Usos e representações, a família e a escola.Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa
- Veloso, A., e Oliveira R. (2008). Jogos Electrónicos: Distúrbios Psicológicos no Individuo. Campus Universitário de Santiago. Aveiro.
- Young, K., n/d. Internet Addiction Test
- Young, K., 2009. Understanding Online Gaming Addiction and Treatment Issues for Adolescents. Bradford, Pennsylvania, USA

 
 
Sem comentários:
Enviar um comentário